Polícia pede quebra de sigilos bancário e telefônico de ex-militar morto ao ser forçado a tomar ácido.

Carro de Tiago Nicolau foi localizado em plantação de café de Leme (SP) na quinta-feira (26). Celular não foi encontrado. Ele teria sido assaltado em 10 de junho.

Por Rádio Leme FM em 03/07/2025 às 22:30:32

A PolĂ­cia Civil pediu quebra de sigilo bancĂĄrio e telefônico de Tiago Nicolau, ex-militar morto após ser obrigado a ingerir ĂĄcido durante um assalto, em Leme (SP).

Na quinta-feira (26), o carro da militar foi encontrado com a chave no contato e dinheiro em uma plantação de cafĂ©, a 200 metros do local onde ele foi localizado ferido. O celular dele não foi localizado.

"No carro não tinha sinal de violĂȘncia, estamos aguardando voltar os laudos e quebra de sigilo para ver se teve movimentação bancĂĄria. Analisamos todas as linhas de investigação", disse o delegado Carlos Eduardo Malaman.

O caso foi inicialmente registrado como roubo, mas, com a morte, a tipificação serĂĄ alterada para latrocĂ­nio, que Ă© o roubo seguido de morte. Os suspeitos do crime ainda não foram identificados.

Em nota, a Secretaria de Segurança PĂșblica informou que diversas testemunhas jĂĄ foram ouvidas e todos os exames periciais necessĂĄrios foram requisitados, estando atualmente em fase de elaboração. "Assim que concluĂ­dos, os laudos serão analisados pela autoridade policial. As investigações seguem em andamento sob segredo de Justiça", informou.

De acordo com o delegado, o crime foi muito incomum e com requintes de crueldade.

"A vĂ­tima apenas gesticulava quando foi encontrada, foi um crime cruel. Agora Ă© analisar se realmente foi ĂĄcido o que ingeriu" comentou o delegado.

Tiago trabalhava como motorista de aplicativo e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa desde o dia 10 de junho, mas morreu no dia 18 devido aos graves ferimentos.

Houve registro de lesões graves na boca, lĂ­ngua, faringe e esôfago.

A Santa Casa informou ao g1 que exames confirmaram que Tiago ingeriu um ĂĄcido, mas o tipo não foi especificado. A polĂ­cia aguarda o laudo do Instituto MĂ©dico Legal que especifica o tipo da substância. O IML não passa esse tipo de informação para a imprensa.

Fonte: G1 - São Carlos

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