A PolĂcia Civil pediu quebra de sigilo bancĂĄrio e telefônico de Tiago Nicolau, ex-militar morto após ser obrigado a ingerir ĂĄcido durante um assalto, em Leme (SP).
Na quinta-feira (26), o carro da militar foi encontrado com a chave no contato e dinheiro em uma plantação de cafĂ©, a 200 metros do local onde ele foi localizado ferido. O celular dele não foi localizado.
"No carro não tinha sinal de violĂȘncia, estamos aguardando voltar os laudos e quebra de sigilo para ver se teve movimentação bancĂĄria. Analisamos todas as linhas de investigação", disse o delegado Carlos Eduardo Malaman.
O caso foi inicialmente registrado como roubo, mas, com a morte, a tipificação serĂĄ alterada para latrocĂnio, que Ă© o roubo seguido de morte. Os suspeitos do crime ainda não foram identificados.
Em nota, a Secretaria de Segurança PĂșblica informou que diversas testemunhas jĂĄ foram ouvidas e todos os exames periciais necessĂĄrios foram requisitados, estando atualmente em fase de elaboração. "Assim que concluĂdos, os laudos serão analisados pela autoridade policial. As investigações seguem em andamento sob segredo de Justiça", informou.
De acordo com o delegado, o crime foi muito incomum e com requintes de crueldade.
"A vĂtima apenas gesticulava quando foi encontrada, foi um crime cruel. Agora Ă© analisar se realmente foi ĂĄcido o que ingeriu" comentou o delegado.
Tiago trabalhava como motorista de aplicativo e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa desde o dia 10 de junho, mas morreu no dia 18 devido aos graves ferimentos.
Houve registro de lesões graves na boca, lĂngua, faringe e esôfago.
A Santa Casa informou ao g1 que exames confirmaram que Tiago ingeriu um ĂĄcido, mas o tipo não foi especificado. A polĂcia aguarda o laudo do Instituto MĂ©dico Legal que especifica o tipo da substância. O IML não passa esse tipo de informação para a imprensa.
Fonte: G1 - São Carlos